sábado, 30 de outubro de 2010

Dica para entender a aliviar cólicas menstruais

Nada mais desagradável que sentir dor, não é? Ainda mais quando essa dor se chama cólica menstrual e aparece todo santo mês. O fato é que nem sempre as pontadas chatinhas na barriga acompanhadas de perdas de sangue significam que você vai ficar "naqueles dias". Por isso, o Bolsa de Mulher saiu a campo para investigar as causas reais deste problema que atormenta muitas mulheres.

A cólica menstrual é provocada pela falta de suprimento sanguíneo no útero, explica a ginecologista Renata Aranha, do Hospital Universitário Pedro Ernesto (UERJ). Já a menstruação é uma união de sangue e endométrio, tecido que reveste a parte interna do útero e sofre descamação. "Toda vez que o endométrio é descamado é como se houvesse uma lesão do tecido, e o corpo promove um processo em cadeia de ação inflamatória que produz a prostaglandina (hormônios que as células produzem quando lesadas ou excitadas). Sem sangue no útero, não há irrigação nem oxigênio, o que provoca a dor", complementa a médica.

O nome científico da cólica fisiológica é dismenorreia primária. É aquela dor pélvica que aperta, alivia e volta, e pode ocorrer antes ou durante o período menstrual. É muito comum, por isso não há motivo para se preocupar. Segundo Renata Aranha, o uso de antiinflamatórios é o tratamento mais recomendado nestes casos. "A pílula anticoncepcional também ajuda muito, porque quem faz o endométrio crescer é o estrogênio. Com a pílula, podemos controlar esse crescimento e, portanto, ele descama menos. Por isso que o fluxo diminui também", acrescenta a especialista.

O alerta de sinal vermelho deve ser acionado quando a cólica é muito intensa, progressiva e aumenta ao longo da menstruação. Neste caso, você pode estar sofrendo da chamada dismenorreia secundária. "Ela precisa ser investigada e exige exames complementares, pois pode ter diferentes causas", esclarece a doutora, que chama a atenção para a origem do desconforto: "Ela pode estar associada a complicações no sistema reprodutivo, como alterações nos ovários, útero ou vagina, endometriose, miomas, infecção pélvica, tumores, entre outros fatores".

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Estudo associa consumo de leite à redução das cólicas menstruais

Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Ciências e Tecnologia da Jordânia revela que o consumo de leite e derivados pode amenizar os sintomas das cólicas menstruais, também conhecido como disminorréia. A queixa comum em cerca de 50% das mulheres jovens caracteriza-se por dor antes e durante a menstruação e na maioria das vezes, é acompanhada por dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor nas costas e fraqueza.

O estudo avaliou a reação de 127 estudantes universitárias, sendo que 87% relatavam apresentar cólicas menstruais e metade das pesquisadas classificaram as suas dores como severas. Os resultados da pesquisa mostram que as mulheres que consumiram de três a quatro porções por dia de leite e derivados apresentaram uma redução acentuada nas dores, comparadas às mulheres que não consumiam nenhuma porção.

Outro fator positivo em relação ao cálcio é referente ao número de porções consumidas: as mulheres que consumiram três ou quatro porções diárias tiveram uma redução significativa nos sintomas, comparadas às mulheres que consumiram até duas porções de leite e derivados por dia.

De acordo com nutricionista Andrea Andrade, da consultoria RG Nutri, uma justificativa para a atuação destes alimentos no controle dos sintomas é que o cálcio pode desempenhar um papel importante no controle da atividade neuromuscular.

— Considerando que a maior fonte de cálcio entre os alimentos é o leite, manter o hábito de consumir ao menos três porções desta bebida por dia além de garantir a saúde dos ossos e dentes, ainda pode ajudar no combate aos sintomas indesejados da dismenorréia —, explica Andrea.